terça-feira, 1 de março de 2011


Ite Missa Est
n.o 1
fevereiro de 2011

Publicação pela propagação da Missa tradicional de São Pio V.

FUNDAMENTO E MISSÃO

A CARTA APOSTÓLICA  Motu Proprio SUMMORUM PONTIFICUM
 Devemos ao nosso Papa atual, Bento XVI, a reabilitação da Liturgia tradicional da celebração da Santa Missa e, também dos Sacramentos. A Missa tradicional, chamada também a de São Pio V, era, comumente, considerada, até então, como algo proibido, superado, sinistro.
 Foi em julho de 2007, quando o Santo Padre publicou o >Motu proprio< (isto é: uma carta de um impulso pessoal), chamado pelas primeiras duas palavras em latim ”Summorum Pontificum”. E anexou uma carta aos Bispos, - explicando-lhes a necessidade de devolver a Missa tradicional à vida litúrgica regular da Igreja – que uma suposta proibição foi levantada.
O Papa visou não somente a reconciliação com a Fraternidade Sacerdotal São Pio X (-a qual, sob difamação e perseguição no meio da Igreja, manteve e salvou a Missa tradicional para a nossa atualidade-), mas através do livre acesso à Missa tradicional, para leigos e clérigos, deseja o bem espiritual de todas as almas.

Pois se mostrou, escreve o Papa, “que pessoas jovens ao descobrir esta forma litúrgica, sentem-se atraídas por ela e encontram um modo particularmente capaz de revelar-lhes o mistério da Santíssima Eucaristia”.
“Estai atentos a vós mesmos e a todo o rebanho; nele o Espírito Santo vos constituiu guardiães (=bispos), para apascentardes a Igreja de Deus”, exorta o Papa os seus Bispos com as palavras dos Atos dos Apóstolos (20,28).  E, apelando ao coração de pastores, o Papa convida os Bispos: “Abramos, largamente, o nosso coração e demos espaço a tudo quanto a própria Fé dá espaço!”

 CONTINUIDADE, E NÃO RUPTURA!
Não existe razão justa para bispos se oporem à permissão geral, dada pelo Papa, aos sacerdotes de celebrar, e aos fiéis de assistir à Missa tradicional.
Argumenta o Papa: “Na história da Liturgia há crescimento e progresso, nunca ruptura. O que tem sido sagrado para gerações anteriores, continua sagrado e sublime também para nós. É impossível que, de repente e categoricamente, isso seja proibido ou, até mesmo, prejudicial.”
“Faz bem a todos nós – conclui o Santo Padre – conservar os tesouros que cresceram no crer e no orar da Igreja, e dar-lhes o seu devido lugar.”
São princípios católicos a continuidade e a coerência com a tradição da Igreja, e, não, a ruptura, descontinuidade e contradição!
Portanto, as pretensões do Concilio Vaticano II devem ser entendidas, não como um início totalmente novo, mas em coerência e de acordo com todos os Concílios da Igreja, e, especialmente, com o grande Concílio de Trento (pelo seu valor indiscutível de bons frutos).



A IMPORTÂNCIA DA MISSA TRADICIONAL PARA TODA A IGREJA
Quando se introduziu o novo Missal de Paulo VI, em 1970, não foi abrogado o Missal anterior, até então em uso. (Portanto, a celebração segundo o Missal antigo permaneceu, sempre, permitida!)
Muitas pessoas, familiarizadas e enraizadas na liturgia tradicional, não quiseram separar-se dela. Além disso, abusos freqüentes e insuportáveis, (aos quais se presta a Missa Nova) causaram repulsa a muitas pessoas.
E afirma o próprio Papa Bento XVI: “Eu vi o tanto que foram feridas pessoas, inteiramente enraizadas na Fé da Igreja, por desfigurações arbitrarias da liturgia.”
Da Missa tradicional o Santo Padre espera também um proveito para a Missa Nova: Que se faça sensível uma maior sacralidade e fidelidade de celebração.

MISSÃO DE PROPAGACÃO DA MISSA TRADICIONAL
Em junho de 2008, o Cardeal Dario Castrillon declarou, como que sendo porta-voz do Papa:
“Permitam que eu diga uma coisa bem claramente: O Santo Padre quer que a forma tradicional da Santa Missa torne-se elemento regular da vida litúrgica da Igreja. Todos os fiéis – tanto jovens quanto idosos – familiarizem-se com os ritos antigos, a fim de tirarem proveito da beleza e da transcendência sensíveis deles.
O Santo Padre deseja isso tanto por razões pastorais quanto teológicas.”
É uma preocupação vital do nosso Sumo Pontífice Bento XVI que a Igreja de Cristo ofereça a “Majestade Divina um culto digno” de adoração do Seu santo nome e de santificação das almas.

Portanto a questão litúrgica é de suma importância para a vida e o futuro da Igreja. Com toda razão um teólogo disse:
“A Missa tradicional precisa de uma vanguarda que a recoloque ao castiçal. Ela é a Missa de amanhã, porque, sem ela, não haverá um amanhã.”